Tipos de plugs e velocidade de carga.
- Coulomb
- 11 de set. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 14 de fev.
Carga rápida, carga lenta e outros termos da área levam muitos usuários a confusões por não considerarem as exigências do carregador quanto a rede elétrica. Como por exemplo a limitação do conversor do automóvel, principalmente quando se trata do type2.
A bateria do automóvel deve receber a energia em DC para efetuar a carga, como nosso smartphone que utiliza o carregador para transformar a rede AC das tomadas para DC da sua bateria.
Vamos procurar descrever tudo o que os leitores precisam saber sobre o assunto.
Abaixo temos uma ilustração que nos ajuda a entender como tudo funciona.

Carregador Type 2

Estes carregadores recebem a energia em AC e entrega para o automóvel também em AC de forma segura, podendo ser um equipamento simples ou sofisticado com comunicação wifi, bluetooth e cartão RFID dentre outros demais recursos.
O formato Type 2 suporta corrente monofásica (até 7,4 kWh) e trifásica (até 22 kWh) porém isso não significa que vai carregar a bateria nesta velocidade pois a mesma fica limitada ao conversor AC/DC que o veículo possui.
Como exemplo, vejamos o BYD Dolphin Mini que tem um conversor de 6.6 Kwh ou seja, de nada adianta ter um carregador de 22 Kwh se o conversor deixará passar para a bateria 6.6 Kwh. Outro exemplo é o Volvo XC40 que limita a carga Type 2 em 11 Kwh. Assim, costumamos ver usuários reclamando de carregadores que prometem 22 Kwh e entregam menos quando na realidade é o conversor do veículo que limita a velocidade da carga.
Os carregadores Type 2 podem ser encontrados com uma base entre R$ 3.000,00 a R$ 20.000,00 em média.
Carregador CCS 2

Estes carregadores utilizam corrente contínua fornecendo energia diretamente para a bateria do carro, podendo chegar a velocidades muito altas (até 350 Kwh).
No Brasil o mais comum são os que estão abaixo de 60 Kwh, poucos são os modelos de 120 Kwh e raros os de 180 Kwh.
Carregadores CCS 2 tem um custo elevado, de R$ 50.000,00 a R$ 500.000,00 além de exigirem uma rede elétrica especial e em alguns casos transformador próprio.
Mesmo com potência alta os automóveis também limitam a velocidade de carga, como exemplo vamos novamente conferir o BYD Dolphin Mini que limita a carga CCS 2 em 40 Kwh, ou seja, nada adianta utilizar um carregador de 60 Kwh pois será de 40 Kwh a velocidade de carga.
Outra informação importante é que a velocidade de carga começa a diminuir a partir dos 80% para proteção da bateria.
Conclusão
Quando for adquirir seu carro elétrico veja qual é a velocidade de carga máxima em cada um destes modelos (AC e DC). Também é necessário planejar caso deseje instalar e usar um carregador em casa, pois não adianta gastar mais em equipamentos e instalação elétrica num carregador de 22 Kwh se o carro adquirido vai aceitar no máximo 6.6 Kwh. Nesse caso, por exemplo, um carregador monofásico de 7.4 Kwh atende bem.
Algumas instituições estão distribuindo carregadores de 22 Kwh informando que são de carga rápida comparados com os de 7.4 Kwh e realmente conseguem ser, mas são type 2, praticamente nenhuma marca de automóvel vai utilizar dos 22 Kwh como vimos no caso do BYD Dolphin mini.
Para viagens longas o bom é localizar no trajeto pontos CCS2 (acima de 30 kwh, por exemplo).
Estamos vendo no Brasil muita desinformação principalmente por parte dos estabelecimentos que instalam carregadores type 2 pensando em beneficiar o usuário, mas acabam prejudicando o estabelecimento pelo cliente não parar por saber que a carga é lenta e aquele que parar provavelmente ficará horas utilizando uma vaga de estacionamento.

Nossa empresa se propõe a instalar apenas carregadores tipo CCS 2 de 30 Kwh a 180 Kwh.
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